quarta-feira, 5 de junho de 2013

Release




A banda Último Grito nasceu em 16 de fevereiro de 2006 na cidade de Simões Filho-BA com o propósito de fazer músicas politizadas com caráter critico abordando diversos temas que permeiam as relações sócio-culturais e antropológicas da sociedade.
Um dos primeiros desafios foi encontrar um nome adequado para o grupo, naquela época havia rumores de que o movimento punk havia morrido assim como toda movimentação que se mostrasse avessa ao sistema político e as relações sociais estabelecidas, daí então, após várias tentativas e sugestões surgi o nome Último Grito expressando de forma clara os objetivos musicais e sociais dentro do contexto no qual a banda estava inserida.
Influenciada principalmente pelas diversas vertentes do Punk Rock e Hard Core e carregada com letras de protesto e questionamentos sociais a banda vem fazendo shows pelo país inteiro, dando destaque para a participação em dois shows da turnê de 30 anos da banda Cólera no ano de 2009, sendo um realizado no estado da Bahia e o outro realizado no estado de São Paulo.
Durante sua trajetória a banda sofre alterações em sua formação e hoje é integrada por Rodrigo Magalhães (Baixo), Mateus Galvão (Voz e Guitarra), Álvaro Garrido (Guitarra) e Marve BigHead(Bateria). Ao longo desse período a banda gravou em 2007 um CD demo, “A Vaca Punk”, que rendeu boas críticas, além dele a banda também possui outros registros que não foram disponibilizados ao público com exceções de algumas músicas, entre eles estão: uma gravação ao vivo no Festival Água Comprida Underock -2009; gravação de uma pré-produção realizada num estúdio em São Paulo sob a supervisão e orientação de Redson Pozzi (Cólera) – 2009 e um segundo CD demo que seria lançado em 2011.

Com a atual formação a banda vem realizando shows em diversas localidades, no momento o quarteto acaba de gravar um single intitulado “Anarquia Avante” com duas faixas que serão inclusas no próximo álbum que será lançado ainda em 2013 intitulado por “Cantemos a Revolução”.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Ironia




Os políticos do Brasil são todos honestos
Aqui existe a ordem e o progresso
Ninguém passa fome as crianças têm seu pão
Todos se chamam Maria ou João

Aqui cada um tem o seu sucesso
A taxa de desemprego está abaixo de zero
O país está crescendo sem corrupção
A violência se limita a um aperto de mão

Ironia
Ironia
Ironia
Ironia

A polícia se resume em prender os bandidos
Protegendo todas as classes dos verdadeiros inimigos
Todos têm sua casa em um lugar seguro
Ninguém mora em um barraco nem debaixo do viaduto

O analfabetismo também está caindo
È menos de 1% entre adultos e meninos
Também acabou a discriminação racial
Seja branco ou negro todo mundo é igual.

Ironia
Ironia
 Ironia
Ironia!




Rodrigo Magalhães


Último Grito


Mais um grito ecoa pelas ruas da cidade
Vamos dar um tapa na cara da sociedade
Novas vamos brigar por mais dignidade
E lutar com garra para valer nossa mensagem

Último Grito, Último Grito!
Último Grito, Último Grito!

Fazendo uma nova historia de revoluçao
Pregando a liberdade !Liberdade de expressão
Um novo ideal para nossa geraçao
Um grito de revolta nos ouvidos da nação

Último Grito, Último Grito!
Último Grito, Último Grito!




Mateus Galvão

Somos a Nothing


Nós somos a Nothing. Viemos do nada. E temos algo a dizer
Queremos nada pois tudo é nada e tudo pode acontecer

E nada podemos naquilo que não há
Vivendo sem fronteiras e nunca se calar
Contra a alienação iremos protestar
É isso que nós somos e viemos te falar

Nós somos a Nothing. Viemos do nada. E temos algo a dizer
Queremos nada pois tudo é nada e tudo pode acontecer

Sangue escorrendo dos nossos corações
O caos a violencia e tanta corrupçao
Não dá para entender não dá para suportar
É isso que nós somos e viemos te avisar

Nós somos a Nothing. Viemos do nada. E temos algo a dizer
Queremos nada pois tudo é nada e tudo pode acontecer


 Mateus Galvão

Trabalho coletivo


Nunca tive medo de falar o que eu penso
Seja bom ou mal espalho para os quatro ventos
E não ligo para o que os outros acham de mim
Pois a sociedade vive tentando me oprimir

Mas fazer o que?
Eu sei que sou assim!
Eu sei que sou assim!

Como posso dizer que meu país é democrático
Se não tenho liberdade de expressão
Quando falo que estou sendo roubado
Apanho como se fosse o próprio ladrão

A policia é assim
Defendem os grandes
E foda-se a mim.

Vidas ilustres para mim não é nada
Eu quero é solução para o sofrimento da minha raça
Pois vivemos em uma terra onde ninguém é de ninguém
Por causa daqueles que se dizem ser alguém

Que se dizem ser alguém,
Que não são ninguém!

Eu nunca vou aceitar suas esmolas, não!
Por que tudo que eu tenho conquistei com as próprias mãos
Consegui com muita raça e com muito suor
Não sentado em um trono de gravata e palitó

De gravata e palitó!
De gravata e palitó!

Cansei de segredinhos, cansei de te ouvir
Vamos dar um basta, cansei de repetir
Não vou mais tolerar essas injustiças,
Paramos por aqui em cada avenida

Perdido, pensei na mão que sumiu
Ninguém consegue ver os problemas do Brasil

Cárcere privado tem até televisão
Pedido de liberdade com o dinheiro na mão
Tráfico de drogas mais um livre arbítrio
Onde está a justiça? Está tudo envolvido!



 
Está tudo envolvido!
Está tudo envolvido!

Corrupção, hierarquia, o dinheiro é o mandão
E quando um pisa na bola eles pedem cassação
Tudo é conspiração debaixo do nariz
Todos querem o dinheiro e foda-se o país

E o dinheiro de onde sai?
É de nossas mãos
E pra onde ele vai?
É pra mão do ladrão!

Não podemos nos calar e ser submissos ao poder
Não espere eu falar você tem boca para quê?
Sei que duas pessoas não podem mudar o país
Faça a sua parte e não diga que eu não fiz

Não diga que eu não fiz!
Não diga que eu não fiz!

Eu sigo um ditado de minha velha avó:
“A união faz a força, força não tem que anda só”
Passe a agir chega de pensar
Pois só com pensamentos nada acontecerá

Nada acontecerá!
Nada acontecerá!

Faça a sua parte que eu estou fazendo a minha
A união faz a força minha avó já dizia

Minha avó já dizia!
Minha avó já dizia!

Um dia você consegue um dia você vai
Hoje você levanta amanhã você cai
Tudo é tão difícil, tudo é tão complexo
Tudo é esquisito nesse louco universo

Nesse louco universo!
Nesse louco universo!

Faça a sua parte que eu estou fazendo a minha
A união faz a força minha avó já dizia

Minha avó já dizia!
Minha avó já dizia!


 Rodrigo Magalhães

Ensaio - Studio

Entrevista cedida ao Boqueirão Rock Metal Festival


desde quando existe a Ultimo Grito? Qual a ideologia da banda? O que defende e o que propõe aos seus admiradores?
Rodrigo: A banda Último Grito nasceu em 16 de fevereiro de 2006 na cidade de Simões Filho-BA com o propósito de fazer músicas politizadas com caráter critico abordando diversos temas que permeiam as relações sócio-culturais e antropológicas da sociedade.
Estamos fazendo 6 anos hoje, uma data importantíssima para mim, afinal são seis anos de resistência sempre existindo de forma independente e autônoma, ou seja,  “faça você mesmo”!
Como já foi citado a banda sempre teve essa proposta de abordar diversos temas que observamos na nossa realidade com enfoque no que diz respeito as questões políticas e sociais, sempre com um olhar critico e libertário.
Só não gosto muito do termo admiradores (risos) acredito que todos somos colaboradores, sempre pensando na construção coletiva.

Já que você citou as políticas sócias. Vocês são envolvidos com elas. Qual a visão de vocês sobre política? O que acha dos nosso políticos?
Rodrigo: Todos estamos envolvidos seja de forma direta ou indireta, mesmo os que se abstém de determinadas participações. Em particular não acredito no modelo político ao qual estamos organizados, já ta mais do que provado que o capitalismo não deu certo assim como outros modelos tirânicos. Não é possível haver uma sociedade justa enquanto houver a dominação do homem pelo homem.
Apesar de discordar plenamente com tal modelo acredito que é preciso interferir para mudar, ou quem sabe chegarmos a um lugar mais interessante, com frequência participo de conferências, debates e etc. sem necessariamente entrar no jogo deles, muitas vezes com uma visão dicotômica promovendo rupturas ou até boicotes. Também tenho envolvimento direto com educação, trabalhos sociais e culturais.
Falando de forma coletiva em relação à banda, temos sem dúvida uma forte inclinação anárquica e libertária, acreditamos que existem dois grandes meios hoje de transformação que é a arte e a educação, e entre as diversas formas de expressão cultural sem dúvida a música tem um papel de grande importância, acho que isso fica claro se observarmos alguns movimentos de contracultura e suas influências no pensamento contemporâneo.
Quanto aos políticos, como já afirmei, não acredito na representatividade, logo não tenho como ser favorável a nenhuma ação dentro desse modelo, infelizmente a grande maioria está ali em busca de salários exorbitantes, de interesses pessoais, partidários ou corporativistas, não existe nenhum interesse de mudança real, de promover o bem coletivo. Hoje deputados ganham 15 salários por ano para trabalhar 3 vezes por semana, isso quando comparecem, de fato não vejo políticas públicas sérias e compromissadas com o interesse coletivo, os grandes beneficiados são os políticos e as grandes corporações.